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Atualizado: 28 de mar. de 2023

No dia 30 de janeiro de 1869, Angelo Agostini publicava a primeira história em quadrinhos nacional: “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte”. No Brasil o dia 30 de janeiro foi instituido como o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos. A data foi escolhida pela Associação dos Quadrinistas e Cartunistas do Estado de São Paulo, em 1984, para homenagear o dia em que Agostini lançou sua primeira história em quadrinhos no Brasil.

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As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte. Foto: Wikimedia Commons/Revista Galileu

Conhecidas como HQs, gibis, revistinhas ou historietas podem estar apresentadas em tirinhas ou revistinhas, são histórias contadas em formato gráfico, como um livro mais visual. As histórias de super-heróis, com seus poderes e suas identidades secretas, ajudaram a tornar popular essa forma de arte. E ela abrange todas as tribos inimagináveis: crianças, adultos, romancistas, nerds, fãs de histórias noir, contos policiais, etc.


É notória a necessidade que o ser humano tem por informação. Apesar de estarmos avançando, cada vez mais rápido na comunicação via internet, as histórias em quadrinhos sempre foram fonte importante como ferramenta de auxílio e inclusão do indivíduo em sua formação na sociedade, ou seja, a inserção social de seu mais variado conteúdo cultural e educativo, agregado ao artístico. Assim sendo, torna-se uma das melhores alternativas de disseminação de informação acessível, em razão de o interesse no entretenimento que esse formato apresenta.


Papel X Internet


Os meios em que as histórias em quadrinhos são divulgadas têm sofrido mudanças desde o advento da internet: no passado um artista independente que quisesse ter seu trabalho divulgado, poderia fazê-lo por meio dos fanzines, existentes e resistentes até hoje, porém, da mesma forma que ocorre com a literatura, jornalismo e outras áreas, qualquer pessoa com acesso à internet pode publicar os mais variados tipos de conteúdo.


Com os quadrinhos não é diferente: ainda que os gibis tenham ganhado espaço em livrarias, sejam elas físicas ou virtuais, a quantidade de publicações divulgadas por meio da rede permite que fãs de HQs não precisem sair da frente do computador para conferir uma tira ou mesmo uma trama inteira, como é o caso de Terapia de Mario Cau, Rob Gordon e Marina Kurcis.

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Sendo assim, não é possível ignorar que a forma de consumir gibis tenha mudado/evoluído, da mesma forma que não é possível ignorar as implicações destas mudanças no meio acadêmico, editorial, social, comercial, político


O site do The Comics Journal, o primeiro quadrinho online foi lançado antes mesmo de a internet ter se popularizado: Witches in Stitches” de Eric Monster Millikin foi distribuída em 1992 por um dos primeiros serviços de rede, o Compuserv. Naquela época, apenas estudantes de tecnologia e algumas poucas pessoas tinham acesso à rede, cenário muito diferente do que temos hoje e que se aproxima da previsão de Bill Gates de um computador em cada casa.


Edgar Franco é um dos pioneiros a tratar sobre a “migração” dos quadrinhos para o ambiente virtual. Em sua tese de Mestrado HQtrônicas: do suporte papel à rede internet, ao citar MacCloud e Álvaro de Moya, conta que em 1984 os artistas Mike Saenz e Peter Gillis foram considerados visionários por desenvolverem a história Shatter em um Apple Macintosh de 128 Kbytes, com ferramentas improváveis para a confecção de quadrinhos e mesmo que a intenção tenha sido publicá-la em papel (junho de 1985), podemos dizer que este foi um marco que prenunciava o surgimento das webcomics como conhecemos hoje. Sobre isso, Wright diz:


Revistas em quadrinhos eletrônicas existem há um longo tempo. McCloud aponta isso com os CD-ROMs do início dos anos 1990 como Maus, de Art Spiegelman, e que levaram os quadrinhos para além da impressão no papel.
Na verdade, o CD-ROM de Maus foi usado por Spiegelman para apresentar não apenas os quadrinhos, mas também as fotos de família e os rascunhos. De fato, muitos quadrinhos eletrônicos buscam incrementar suas palavras e imagens com a adição de alguma animação, som ou outro efeito especial.
Mas alguém poderia argumentar, por exemplo, que a “produção de quadrinhos animados” e “quadrinhos digitais” em DVD produzidos pela Intec Interactive and Eagle One Media, Inc., que utilizou quadrinhos impressos pela editora CrossGen e Marvel e os transformou em produções multimídia, não podem ser considerados mais quadrinhos, mas algo novo, uma forma de arte relacionada. (WRIGHT, 2008).

No Brasil, as primeiras experiências com tiras online foram feitas por jornais em suas páginas online, a princípio usando o mesmo formato das páginas impressas, mas com as possibilidades oferecidas pelos espaços como sites e blogs, estes formatos passaram a ser mais variados (RAMOS, 2014).


Hoje, a variedade de produções oferecidas online possibilita não só que os leitores possam escolher os temas que mais lhes agradem, como permite que os artistas ganhem maior visibilidade e acabem publicando seu material de forma impressa posteriormente, seja através de uma editora, de um edital ou através de sites colaborativos como o Catarse e o Kickante.



Fonte: Blogs.unicamp

 
 
 

O díficil cenário econômico, a fuga de investimentos e processos governamentais indicam que o pior momento das grandes empresas de tecnologia pode estar longe de acabar.

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Google foi uma das empresas que anunciaram demissões em massa este mês. Foto: Divulgação.

Após um ano extremamente turbulento, em que demitiram dezenas de milhares de funcionários, perderam trilhões em valor de mercado e enfrentaram intensas brigas judiciais, as big techs — as maiores empresas de tecnologia do mundo — iniciaram 2023 de forma igualmente tumultuada.


A Alphabet, controladora do Google, anunciou o desligamento de 12 mil funcionários nos próximos meses, enquanto a Microsoft começou um processo de demissão de 10 mil empregados, até março. A Spotify, uma das poucas gigantes europeias do setor, também anunciou a demissão de 600 funcionários, em 2023.


Desde o início da crise, no último trimestre do ano passado, as big techs já demitiram cerca de 63.830 empregados, um número que fica maior a cada semana.

Em um sinal de expansão da crise no setor, as demissões começam a atingir também empresas especializadas em serviços corporativos, um setor que cresce menos aceleradamente, porém considerado mais estável que os produtos para consumidor.


A IBM, outra titã do mercado de tecnologia dos Estados Unidos, revelou que vai dispensar 3,9 mil funcionários, pouco mais de 1% da força de trabalho da empresa. A Salesforce, dona do aplicativo de comunicação Slack e gigante do setor de computação na nuvem, anunciou no início de janeiro a demissão de 10% dos funcionários como parte de um projeto de "reestruração". A alemã SAP, líder do setor de softwares colaborativos, tomará medidas similares e cortará 3.000 empregos.


Um levantamento da plataforma Crunchbase mostra que a crise atinge pesadamente toda a área de tecnologia. Os números revelam que empresas do setor já demitiram ou anunciaram a demissão de 58 mil pessoas em 2023, o que se soma aos 140 mil empregos perdidos de 2022.


O problema também é profundo na valorização de mercado. Segundo a empresa de análise de dados Morningstar, em valores brutos, as seis maiores empresas de tecnologia dos EUA com ações na bolsa (a Nvidia foi acrescentada ao grupo) perderam US$ 3,8 trilhões (R$ 19,4 trilhões, no câmbio atual) em valor de mercado em 2022, o que as fez voltar aos mesmos níveis de valor de julho de 2020.


A única gigante que segue sem grandes tremores é a Apple, que não fez demissões significativas e sorrateiramente conquista territórios de concorrentes. Enquanto se mantém fabricante de hardware de sucesso colossal, a corporação também invade o mercado de publicidade. A Apple proibiu cookies de terceiros no navegador Safari, e ainda aguarda os desdobramentos de processos antitruste contra o Google e Meta.

Também estuda vender anúncios na Apple TV, e já fatura bilhões de dólares com publicidade na App Store e Apple News.


Tempestade perfeita

O motivo para uma crise de tais proporções é um grande ajuste após o excesso de otimismo e lucros gigantescos durante o período da pandemia de Covid-19, quando massas populacionais confinadas aumentaram os gastos com produtos digitais. O crescimento acelerado resultou erm contratações massivas em todo o setor.


“Aliado a isso, o aumento da preocupação com o impacto ambiental e a sustentabilidade também tem afetado essas empresas. A continuidade das demissões em 2023 pode ser vista como uma tentativa de manter a competitividade e continuar a maximizar lucros, mas pode também indicar uma piora das condições econômicas e de mercado”, aponta Rogério Guimarães, CEO da Covenant, o braço tecnológico da rede de auditoria e consultoria Crowe Macro, em entrevista ao R7.

O fim da maioria das restrições físicas fez tais hábitos recuarem, o que obrigou as big techs a tentarem aproveitar a maré positiva e ajustar seus negócios para continuar se expandindo. Por trás disso, também existem pressões dos investidores, em busca de mais crescimento.

"Com a diminuição da liquidez de capital que se deu a partir dos aumentos de juros nas maiores economias do mundo, e a diminuição da integração econômica internacional, o custo de oportunidade do capital aumentou, o que fez fundos e bancos de investimento exigirem rentabilidades mais altas para justificar o risco de investir em novas e arriscadas tecnologias", ressalta Herman Bessler, CEO da Templo.cc, uma consultoria para empresas de tecnologia.

Marcos Chiodi, CEO da Monitora, empresa de desenvolvimento de tecnologias para o ambiente corporativo, detalha as condições macroeconômicas que resultaram na atual cautela de investimentos em empresas de crescimento rápido:


“A inflação de diversos países aumentou e, para contê-la, os bancos centrais aumentaram os juros. O que significa inflação e juros altos? Inflação significa reduzir a capacidade de compra das pessoas, enquanto juros altos significa o governo dos países se disponibilizarem a pagar uma remuneração maior por dinheiro emprestado. Com isso, os empresários acabam tirando o dinheiro do mercado. Ou seja: investem menos em capital de risco, e colocam o dinheiro nos bancos”, explica Chiodi.

Há ainda problemas específicos de cada empresa. O Twitter enfrenta sua própria tempestade, após a rede social ser comprada pelo bilionário Elon Musk. Com a necessidade de cortar custos para pagar a dívida da compra, Musk demitiu mais da metade da força de trabalho da plataforma, parou de pagar alugueis, leiloou objetos, livrou-se de centros de processamento de dados e até mesmo deixou escritórios sem itens básicos, como papel higiênico.


A Tesla, fonte da riqueza de Musk, não fez muito melhor e foi a empresa de tecnologia com o pior desempenho financeiro em 2022.


Já a Meta, busca se diversificar e investe pesado no chamado metaverso, uma rede de realidade virtual que já drenou US$ 10 bilhões e ainda parece muito longe de cair nas graças do público e dar algum lucro. Investidores ainda classificam toda a divisão de metaverso como uma “aposta arriscada” de Mark Zuckerberg.


“A soma destes fatores ocorreu justamente em um momento de expectativa de recessão, tendo em vista a desaceleração chinesa e a guerra na Europa, formando uma ‘tempestade perfeita’", ressalta Bessler.


Na opinião desses especialistas, o movimento pode até ser benéfico para empresas e startups brasileiras, que poderão contar com profissionais qualificados disponíveis no mercado.

“Nesse momento, com o mercado mais seletivo e numa situação de ajustes, parte desses profissionais pode voltar a atuar em empresas brasileiras trazendo, inclusive, boas práticas que foram adquiridas nessa experiência ‘internacional’”, aposta Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa que desenvolve projetos no ambiente mobile.

Demissões por email

O princípio da crise no setor, com demissões massivas em departamentos de atendimento ao cliente, se aprofundou, recentemente passou a afetar também divisões estratégicas das maiores empresas de tecnologia do mundo. Um levantamento divulgado pelo site The Information revelou que, no Google, times responsáveis pelo navegador Chrome, Busca, Android e Cloud também foram sacudidos por demissões.


Mesmo funcionários avaliados como "de alto desempenho", e gerentes com salário anuais acima de US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões) foram desligados da empresa. O ex-gerente de produtos da empresa, Justin Moore, revelou no LinkedIn que descobriu ter sido demitido após “desativação automática de conta às 3h da manhã”. Moore trabalhou na empresa por 16 anos. Na publicação, ele afirmou que não recebeu "nenhuma das outras comunicação", e que o tratamento mostra como a corporação o enxergou como "100% descartável".

Jeremy Joslin, engenheiro de software do Google por 20 anos, contou uma história semelhante no Twitter, onde revelou ter descoberto a demissão "inadvertidamente por email".


Os depoimentos não pararam por aí: "Verifiquei meu telefone e vi uma notificação de que meu acesso corporativo expirou, junto com uma notificação do NYT [New York Times] anunciando as demissões, contou Elizabeth Hart, gerente sênior de marketing, também demitida.


As demissões em postos mais altos indicam que a empresa também mudou uma política de permitir que funcionários dediquem cerca de 20% do tempo para projetos internos paralelos, ao mesmo tempo em que cortou a vasta maioria de tais iniciativas.


Na Microsoft, os cortes atingiram duramente o setor de games, segundo a Bloomberg. Desenvolvedores do game Starfield, do estúdio Bethesda, foram alguns dos afetados, assim como o 343 Industries, um dos responsáveis pela franquia Halo.


Na Amazon, com demissões na ordem de 18 mil pessoas, os setores mais atingidos foram os responsáveis por dispositivos de áudio, como a Alexa e o Echo. A rede CNBC afirmou também que o setor Prime Air, que desenvolvia um serviço de entregas rápidas por drone, também foi severamente atingido. Em resposta à emissora, a Amazon se recusou a dizer quantas pessoas do setor foram desligadas.


Reprodução: R7

 
 
 

Atualizado: 24 de jan. de 2023

A onda da Inteligência Artificial bateu no Chatbot e rovolucionou a comunicação escrita com o ChatGPT. Conheça essa linguagem e se integre na tecnologia dos últimos tempos.

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Foto: Divulgação.

Quando comecei minha faculdade em Design Gráfico tive diversas dúvidas sobre no que realmente eu iria trabalhar no futuro, pois além do curso ser muito eclético, também oferecia diversas maneiras de se pensar na criação. Ao longo dos períodos fui me encontrando e pude entender melhor minha função dentro daquele ramo de atuação. Comecei a trabalhar fazendo diversos tipos de campanhas, artes e produtos que rodam até hoje pelo mercado local da minha cidade. Neles eu conseguia imprimir minha criatividade e originalidade em cada peça que era realizada. Naquele instante eu pude perceber o maior valor da minha profissão, que era criar e imaginar ideias, transformando-as em algo visual.


Recentemente em meus estudos e pesquisa de mercado, encontrei uma ferramenta que já está tomando conta do mundo criativo e as funções que ela entrega são tão completas que chegam a assustar em alguns momentos. Estou falando do ChatGPT, um sistema de inteligência artificial em que você pode conversar, pedir que escreva coisas para você, que crie parágrafos originais baseados em temas que você escolha e muito mais. O mais impressionante é que esse sistema é tão fluido que às vezes parece que você está falando mesmo com uma pessoa do outro lado.


Daí você deve se perguntar em quê isso se insere no mundo da criação, certo? Bom, no mercado atual de marketing digital, umas das maneiras mais eficazes de se conectar com o público é ter um bom copyrighting, ou seja, entregar textos bem elaborados, cativantes e que agreguem ao conhecimento do espectador. Pois bem, essa ferramenta entra exatamente nessa função, pois ela consegue te entregar textos infinitos e totalmente originais sobre qualquer assunto! Então basta solicitar o que você quer, do jeito que você quer e a inteligência artificial fará para você.


Em momentos como esse você deve estar questionando o quanto isso afeta a mente criativa e como essa ferramenta pode até acabar substituindo os profissionais que levavam horas para construir textos. Eu diria que até esse momento isso não seria tão preocupante, pois esses profissionais não seriam substituídos, mas sim ajudados pela ferramenta, então eles teriam que apenas se aprofundar e se aperfeiçoar no assunto.


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O plot twist dessa história veio quando eu encontrei outra ferramenta, a Midjourney! Ela sim gerou vários questionamentos e dúvidas sobre o futuro do marketing criativo e de conteúdo. Essa inteligência artificial não cria textos como a primeira, mas cria imagens a partir de uma frase que você montou. Ou seja, você pode criar uma frase qualquer descrevendo um lugar, pessoas, animais, coisas, acontecimentos e a ferramenta irá desenhar aquilo para você no estilo que você quiser. Nesse momento eu percebi que as coisas estavam evoluindo de uma maneira muito mais avassaladora do que imaginava. Imagina poder criar uma arte apenas descrevendo como você quer, no estilo que deseja e tudo isso sem precisar de uma profissional especializado para fazer? Bom, não posso afirmar que isso acabará com a profissão do Designer ou criadores de conteúdo, mas um conselho que posso dar é que você, profissional, comece a estudar essas ferramentas e tenha em mente que ela fará parte do seu futuro.


Sendo assim, é sempre bom afirmar que nenhuma arte criada de forma automática conseguirá trazer tanta originalidade e assinatura pessoal do que a de um profissional real (até agora), mas é preciso saber que quando se fala de Machine Learning, falamos de uma evolução contínua e que pode tomar proporções nunca antes vistas.


Enquanto a primeira ferramenta comentada aqui é totalmente gratuita, a segunda necessita de um plano mensal para se utilizar. Aproveite para conhecê-las e comprovar com seus próprios olhos tudo o que foi dito aqui, pois o futuro é inteligente.


 
 
 

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