Brasil comemora Bicentenário de independência em 2022.
- Redação JON
- 4 de set. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 21 de set. de 2022
A ocasião será marcada por diversos eventos Cívicos. Em Campos dos Goytacazes a programação já começou e deve seguir até o dia 11 de setembro.

Quem, aqui, não se lembra da banda marcial de sua escola? E a aquela sensação de segurar a Bandeira Nacional enquanto marcha?
Os desfiles que arrastavam multidões às ruas para ver alunos portando a bandeiras de suas escolas e do País, docando instrumentos e marchando como um exercíto, está de volta.
Seja ela privada ou públicas, todos os anos, o dia 7 de setembro é sempre marcado pelos famosos desfiles cívicos das escolas e instituições governamentais. Participar desses eventos representa muito mais do que caminhar ao som de uma banda, certamente, representa está inserido no contexto histórico do país que buscou sua independência e, cá estamos, comemorando o Bicentenário.
Em pleno 2022, num cenário pós-pandemia, o Brasil comemora 200 anos de independência. Para marca o Bicentenário, uma programação de eventos cívicos espalhados pelo país, já acontece desde sábado (03) e deve ir até o dia 11.
Em Campos dos Goytacazes, representantes das secretarias municipais definiram, em reunião no último dia 23, os últimos ajustes para os desfiles, após dois anos sem ser realizado, por conta da pandemia. O ponto alto das solenidades cívicas acontecerá no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop).
No Congresso Nacional, uma sessão solene reunirá os chefes de Estado do Brasil, de Portugal e de outras ex-colônias portuguesas, além de ex-presidentes do Brasil e dos presidentes do Congresso e da Câmara dos Deputados. De acordo com informações da Agência Senado, a sessão está marcada para quinta-feira (8), às 10h e será feita no Plenário da Câmara dos Deputados.
Devem participar da mesa o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco; o presidente da República, Jair Bolsonaro; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo; e o primeiro-secretário da Mesa do Congresso Nacional, deputado Luciano Bivar.
Além deles, devem estar presentes no plenário ex-presidentes da República e chefes de Estado estrangeiros. Já confirmaram presença as comitivas de Cabo Verde, Guiné Bissau e Moçambique. Todos, assim como o Brasil, são ex-colônias portuguesas, mas só tiveram a independência reconhecida um século e meio depois, na década de 1970.
Durante a sessão, o Hino Nacional será executado pela Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais. Também haverá uma apresentação do Hino da Independência pelo coral do Senado. Confira programação completa clicando aqui.
A história
A independência do Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1822, tendo como grande marco, o grito da independência que foi realizado por Pedro de Alcântara (D. Pedro I durante o Primeiro Reinado), às margens do Rio Ipiranga. Com a independência do Brasil declarada, o país transformou-se em uma monarquia com a coroação de D. Pedro I.
Esse acontecimento está diretamente relacionado com eventos que iniciaram em 1808, ano em que a família real portuguesa, fugindo das tropas francesas que invadiram Portugal, mudou-se para o Brasil.
A chegada da família real no Brasil provocou uma série de mudanças que contribuiu para o desenvolvimento comercial, econômico e, em última instância, possibilitou a independência do Brasil. Além disso, o Brasil experimentou, em seus centros, um grande desenvolvimento resultado de uma série de medidas implementadas por D. João VI, rei de Portugal.
Instalado no Rio de Janeiro, o rei português autorizou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, permitiu o comércio entre os brasileiros e os ingleses como medidas de destaque no âmbito econômico.
Essas e outras medidas que foram tomadas pelo rei português demonstravam uma clara intenção de modernizar o país como parte de uma proposta que fizesse o Brasil deixar de ser apenas uma colônia portuguesa, tornando-se, de fato, parte integrante do Reino de Portugal. Isso foi confirmado quando, em 16 de dezembro de 1815, D. João VI decretou a elevação do Brasil para parte do Reino Unido.
Isso, na prática, significou que o Brasil deixava de ser uma colônia e transformava-se em parte integrante do Reino português, que agora passava a ser chamado de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Essa medida era importante para o Brasil e, segundo as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, a medida tinha como objetivo principal evitar que o Brasil seguisse pelo caminho da fragmentação revolucionária – como havia acontecido na relação entre EUA e Inglaterra.
Resumo da Independência do Brasil
Durante o Período Joanino, medidas modernizadoras foram implantadas no Brasil.
Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido e, assim, o Brasil deixou de ser colônia.
Em 1820, a Revolução Liberal do Porto foi iniciada em Portugal e reivindicava o retorno do rei português.
Com o retorno de D. João VI para Portugal, D. Pedro foi colocado como regente do Brasil.
As cortes portuguesas exigiam a revogação das medidas implantadas no Brasil e o retorno do príncipe regente.
Durante o “Dia do Fico”, D. Pedro declarou que permaneceria no Brasil.
No “Cumpra-se”, determinou-se que as ordens portuguesas só seriam cumpridas no Brasil com o aval de D. Pedro.
O grito da independência – se de fato tiver acontecido – ocorreu nas margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822.
Em 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado imperador e no dia 1º de dezembro de 1822 ele foi coroado D. Pedro I.
Fonte: UOU
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