Covid -19 chega ao Brasil, ataca a saúde pública e a economia
- Cláudia Gomes
- 6 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
Dois alertas de crises em menos de um mês fecha comércios e coloca população em quarentena.

“Hoje, meu filho se foi, não estive presente em seu velório pois estamos vivendo numa prisão sem muros e sem o seu direito de ir e vir”. Fábio Santos, morador de Santo Eduardo, em rede social no dia 27 de março.
O desabafo do morador de Santo Eduardo, 13º distrito de Campos dos Goytacazes, ilustra bem o impacto que a Pandemia do novo Coronavírus (Sars-Cov-2) anunciada pela Organização Nacional da Saúde (OMS) no dia 11 de março, teria na vida da população mundial, em especial, os mais vulneráveis. O motivo da declaração é justificado pelos números exorbitantes de infectados, mortos e principalmente, como é rápida e invisível a disseminação do vírus, apresentado pela Organização.
Na China, os casos aumentavam 13 vezes e a quantidade de países contaminados, triplicou, de acordo com Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. Até o dia da declaração, já haviam 118 mil casos de pessoas contagiadas, em 114 nações, sendo que 4.291 morreram. O primeiro alerta da OMS foi emitido no dia 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificarem casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole com 11 milhões de habitantes, sétima maior cidade da China e a número 42 do mundo. O tamanho é comparável com a cidade de São Paulo, que tem mais de 12 milhões de habitantes. Em 22 de janeiro Wuhan, epicentro do coronavírus, é isolada e tem transporte público, trens e voos cancelados, depois do anúncio que o contágio acontece de forma direta entre pessoas. 1º Alerta: Os impactos na saúde pública
Por aqui, o alerta e as primeiras ações preventivas contra o novo coronavírus, chegou junto com os 34 brasileiros, resgatados da China, no dia 09 de fevereiro. Os repatriados e todos da tripulação, permaneceram em quarentena por 18 dias no hotel da Base Aérea de Anápolis, local que foi totalmente equipada e preparada para esta operação. No dia 10 de março, 34 casos foram confirmados e no dia seguinte, em todo o país, já tínhamos 69 os contaminados. O Ministério da Saúde (MS) informado em entrevista coletiva no dia 12, que acreditava em um “crescimento abrupto” e em algumas semanas, o país precisava agir imediatamente para impedir a disseminação do vírus como, após o anúncio da Pandemia pela OMS. Desde então, o poder público junto com o MS, vem sancionando Medidas Provisórias (MP) para inibir os avanços da doença e evitar o caos na população brasileira. Surge então a MP Nº 926, DE 20 DE MARÇO DE 2020, assinada pelo presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, dando início ao isolamento social, seguindo o exemplo da China.

As orientações de prevenção do Mistério da Saúde, começa a viralizar em todos os meios de comunicação e passa a ser ordem nacional. Mesmo com toda prevenção e cuidados, os números de casos registrados de suspeitos, contaminados e mortes, aumentam rapidamente no Brasil e no mundo. Até o dia 30 de março, o MS registrou 136 mortos e 4.579 casos confirmados de pessoas infectadas no país, com uma taxa de letalidade de 3,5%. Os números atualizam diariamente.
A vacina - No mundo, a corrida para testar dois medicamentos contra o coronavírus. EUA, China, Espanha e outros países começam ensaios clínicos em pacientes com a cloroquina, compostos usado contra a malária e o ebola. No Brasil, o presidente anunciou que o laboratório do Exército passaria a produzir o medicamento para atender aos brasileiros. Ainda há muitas discussões sobre o uso deste medicamento. 2º alerta: Os impactos direto na economia
Para minimizar a disseminação do coronavírus, fecham-se então, os comércios e todos os segmentos que envolvam aglomeração de pessoas. A prefeitura de Campos dos Goytacazes também aderiu ao isolamento social, fechou as lojas até o dia 05 de abriu e suspendeu todas as atividades que exijam aglomeração de pessoas. Apenas serviços, de primeira necessidade, como: os setores alimentícios e os de insumo, podem funcionar.
No dia 24, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo coronavírus está sendo enfrentado, pediu calma à população e declarou que as autoridades devem evitar medidas como proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. “Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade”, orienta o presidente. A Associação Comercial e Industrial de Campos-ACIC, sinalizou que o momento é de prevenção e que precisamos agir sem pânico.
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