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Isolamento e lockdown: O que fazer com retomada dos trabalhos após a disparada do novo Coronavírus

Atualizado: 10 de jun. de 2020

Lives, home-office e trabalho intercalado são opções que empresas encontraram para não paralisar totalmente suas atividades


Home-office é uma das alternativas para a retomada aos trabalhos (Foto: Skitterphoto/Pixabay)


Como forma de combate ao novo Coronavírus, algumas cidades pelo Brasil decretaram lockdown, que é a proibição da livre circulação de pessoas pela rua, exceto para os deslocamentos considerados essenciais. A medida é uma tentativa de conter o avanço da Covid-19 no país, mas divide opiniões. Enquanto diversas autoridades médicas e sanitárias alegam que essa é a única maneira de evitar um colapso da saúde, empresários se queixam de que isso vai deixar a economia muito mais agravada do que já se encontra e vai fechar inúmeros postos de trabalho, principalmente para o micro e médio empreendedor. Além disso, as opiniões sobre o assunto também se dividem entre os próprios empreendedores.


Empresária do mercado de entretenimento há 25 anos e sócia de um spa, Rosane Amaral defende que as medidas restritivas continuem valendo até a situação se estabilizar. Acostumada a realizar eventos no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, ela conta que teve um prejuízo de mais de R$ 250 mil desde que as atividades tiveram que ser interrompidas. Mesmo assim, não tem dúvidas de que o isolamento social é o melhor caminho para controlar o avanço da doença.


"Isolamento social é fundamental para não alastrar o vírus e piorar a situação atual. Precisamos sobreviver. Este isolamento está nos ensinando que o velho mundo e os velhos costumes não podem existir mais. É uma nova era, um novo mundo. Como uma pessoa mais experiente acredito muito que a gente deve seguir o que os mestres mandam e orientam. E acredito que se estivéssemos iniciado o isolamento antes, logo depois do carnaval, talvez teríamos um cenário melhor atualmente. É necessário ficarmos em casa", conta Rosane.


Já o consultor empresarial do SEBRAE, Sérgio Rocha Lima defende que o retorno às atividades pode acontecer se for feito com cuidado e seguindo as orientações tanto da Organização Mundial da Saúde quanto do Ministério da Saúde. Por isso ele sugere algumas dicas sobre o retorno às atividades.


"As empresas precisam ser muito cuidadosas com os seus funcionários na volta ao trabalho, pois estamos convivendo com um vírus que se encontra no ar. O ideal é que haja programas específicos, como manter um afastamento das mesas no interior do ambiente. Ou seja, se estiverem juntas, então que fiquem com uma distância segura entre uma e outra. Também é importante verificar se a limpeza é feita de forma rigorosa. Em um supermercado, por exemplo, o ideal seria uma divisão de acrílico no interior para proteger a propagação da saliva durante um diálogo entre funcionários. E naturalmente a obrigatoriedade do uso da máscara no interior do local. Quem faz parte do grupo de risco por ter doenças respiratórias, ser hipertenso ou ter mais de 60 anos deve ficar em casa. Agora quem não se encontra nessa situação deveria retornar, mas de forma escalonada, tendo uma escala de dias que o funcionário deve comparecer", sugere Lima.


Lives e home-office como alternativas


As áreas do entretenimento, da cultura e de eventos têm sido algumas das mais atingidas desde que as medidas proibindo aglomerações passaram a vigorar. Por isso, muitos artistas recorreram às apresentações ao vivo pela internet. Com Rosane não foi diferente. A alternativa encontrada pela empresária para dar espaço aos DJs, produtores e demais profissionais desse tipo de mercado é a realização de lives nas plataformas digitais como forma de ajudá-los a ter visibilidade na mídia e com o público.


Para Rocha Lima, o home-office é uma boa alternativa pelo fato de que muitos empresários perceberam que é possível o trabalho continuar com o mesmo ritmo exigido se comparado ao ofício feito de forma presencial. Ressalvando que essa modalidade não é aplicada em todos os setores, o consultor sugere possibilidades de se notar a produtividade do profissional, como o acompanhamento de métricas. Mas ele afirma categoricamente que estabelecer uma data para a voltar ao trabalho presencial é "loucura, pois isso tem que ser feito de forma muito consciente".

 
 
 

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