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Para amenizar a saudade daqueles que estão afastados devido à pandemia, o estudante de música Arthur Pollard, 12 anos, criou o projeto com a ideia de gravar vídeos simples e caseiros para aproximar as pessoas que estão distantes devido à pandemia. Ele não cobra pelos vídeos, mas recebe contribuições e já conseguiu um apoio para focar no projeto.

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Foto: Divulgação

A ideia do garoto é presentear as pessoas com uma música que marque a sua história. Tudo é muito simples: com a voz e o violino ele grava vídeos caseiros, feito por encomenda, e encaminha a música junto com uma mensagem virtual aos destinatários. Tudo é feito via instagram ou aplicativo de mensagens tornando o "Abraços Musicais e Virtuais" um projeto sem fronteiras, apesar do menino morar no Rio de Janeiro.


O "Abraços Musicais e Virtuais" foi lançado em abril, no instagram do estudante e tem emocionado as pessoas.


"Com a pandemia, o distanciamento afetou muita gente. Acho que a música aproxima e tive essa ideia depois de ouvir sobre como as pessoas estavam fazendo para empreender na pandemia e ganhar dinheiro", diz o menino que não cobra pelos vídeos, mas aceita contribuições e já conseguiu o apoio do Instituto Selecon para seguir com o projeto.
"Estou guardando o dinheiro para investir na música. Meu projeto é comprar um violino digital", diz o garoto.

Mas além de aproximar e emocionar as pessoas com sua música, Arthur Pollard diz que a iniciativa é também uma forma de não desanimar do estudo de música neste período em que quase tudo é on-line e não há encontros ou apresentações.


"Estudo música desde os 7 anos. No final do ano sempre há as apresentações da escola. Um ambiente muito animador, mas desde o ano passado está tudo parado. Não há apresentações. Então, fiz duas lives pelo instagram como forma de me manter motivado e agora criei esse projeto. Fico muito feliz com o retorno das pessoas, de ver que elas gostam da minha música", conclui o menino.


Para quem quiser saber sobre o projeto é só acessar o instagram @arthurapollard

Texto: Andréa Antunes

 
 
 

Atualizado: 22 de dez. de 2021

Hoje o dia é da heroína bela como Afrodite, sábia como Atenas, mais rápida que Hermes e mais forte que Hércules.

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Lynda Carter como Mulher Maravilha. Foto Divulgação.

Com um traje vermelho, azul e dourado, a Princesa Diana de Temiscira tornou-se um símbolo de empoderamento como a Mulher-Maravilha em todo o mundo. Essa super-heroína apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em 21 de outubro de 1941 para testar a popularidade de uma figura forte e feminina quando isso ainda era raro.

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Primeira aparição da princesana na edição número da All Star Comics #8. Foto: Divulgação.

A Mulher-Maravilha é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes personagens em quadrinhos já criados e a mais importante super-heroína que já singrou pela Nona Arte. Sua história editorial é ininterrupta desde que apareceu pela primeira vez em história secundária de oito páginas na revista All-Star Comics #8, como a Princesa Diana de Temiscira que salvou o Capitão Steve Trevor após a queda de seu avião militar na Ilha do Paraíso. Também relata a vida das amazonas e a viagem de Diana à América como Mulher-Maravilha para lutar pela paz no mundo dos homens. A princesa ganhou publicação própria por um breve período em 1986.


Mulher Maravilha loura ou morena?

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Cathy Lee Crosby, a primeira Mulher Maravilha no projeto piloto. em 1974. Foto: Divulgação.

Impressionantemente, porém, foi que apesar de ter tido duas versões live-action feitas para a TV (a primeira Mulher Maravilha não foi Lynda Carter, mas sim Cathy Lee Crosby em um piloto em forma de longa-metragem produzido em 1974), a personagem jamais apareceu no cinema antes de receber papel secundário, porém icônico, em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, de 2016.


O telefilme "Wonder Woman" (1974) quis solidificar, a personagem no mercado. No entanto, os planos do canal norte-americano ABC ficaram pelo caminho. Ex-tenista profissional, Cathy Lee Crosby foi a escolha da vez.


A obra não conquistou os chefes da emissora. Além do uniforme diferente das HQs e não ter super poderes, outro fato curioso é que essa é a única versão loira da personagem até hoje.


Sobre o autor


A princípio, o autor foi mantido em segredo e só foi revelado no ano seguinte. A história da super-heroína foi escrita pelo reconhecido psicólogo William Moulton Marston. Havia uma semelhança curiosa entre criador e criatura: Marston inventou um teste de pressão sanguínea para detecção de mentiras e a heroína tinha como arma um laço que fazia as pessoas falarem a verdade. Para o psicólogo, a personagem refletia um novo tipo de mulher que deveria governar o mundo.


Mesmo com o sucesso da super-heroína, a revistinha chegou a ser considerada imprópria para jovens por causa do traje da personagem, com muito corpo a mostra. Também recebeu críticas porque a guerreira sempre aparecia amarrada ou acorrentada em suas aventuras.


Mas nada disso abalou a ascensão da personagem, que é uma das mais duradouras e mais admiradas em toda a história dos quadrinhos. A Mulher-Maravilha ganhou revista própria, séries e filmes, além de estampar dezenas de produtos. Com todo esse sucesso, o dia 21 de outubro passou a ser considerado entre os fãs de HQs como o Dia da Mulher Maravilha.


 
 
 

Atualizado: 22 de out. de 2021

O Dia do Professor foi criado no Brasil por Antonieta Barros, filha de ex-escravos e educadora, a primeira parlamentar de Santa Catarina a ocupar um cargo num estado majoritariamente branco e masculino. Com força e sagacidade, transpôs barreiras de gênero, de raça e de classe.

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Antonieta de Barros acreditava que a educação era o caminho para o futuro. Foto: Registro do acervo do Memorial Antonieta de Barros.

Quinze anos antes de se tornar lei no Brasil, Antonieta de Barros, criou o dia do professor em Santa Catarina-SC. Uma das três primeiras mulheres eleitas no Brasil, sua bandeira política era o poder revolucionário e libertador da educação para todos.


Até então, a data era comemorada informalmente em todo o país, relembrando a primeira grande lei educacional do Brasil, sancionada por Dom Pedro I em 15 de outubro em 1827, um marco para a educação brasileira.


Em outubro de 1948, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou a Lei Nº 145, que criou o Dia do Professor e o feriado escolar na data. A data somente foi oficializada no país inteiro, em outubro de 1963, pelo presidente João Goulart. A proposta foi da deputada estadual Antonieta de Barros.


Entre as três primeiras mulheres eleitas no Brasil, Antonieta foi a única negra assumiu em 1934, o cargo de deputada estadual por Santa Catarina, mesmo ano que a médica Carlota Pereira de Queirós foi eleita deputada federal por São Paulo. Sete anos antes, Alzira Soriano havia sido eleita prefeita num pequeno município do Rio Grande do Norte, primeiro estado a permitir disputas femininas.


Histórias e conquistas

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Antonieta de Barros. Foto: UFMG/Reprodução.

Antonieta de Barros Nasceu em Desterro, como era chamada Florianópolis, no dia 11 de julho de 1901. No registro de batismo, na Cúria Metropolitana, realizado pelo Padre Francisco Topp, não aparece o nome do pai. A mãe era Catarina Waltrich, escrava liberta. No imaginário popular, a verdadeira paternidade estaria ligada à família Ramos, uma das mais tradicionais do Estado.


Para chegar até a Assembleia Legislativa, em 1934, ostentando o grande feito de ser a primeira deputada mulher de Santa Catarina, Antonieta travou uma história de rompimento de barreiras racial, de gênero e de classe.


Foi em um dos empregos da mãe, na casa do político Vidal Ramos, em Lages (SC), que a paixão de Antonieta pela educação começou. Com a ajuda da família empregadora, a quem os historiadores afirmam que tinham carinho por Antonieta e a mãe, ela foi alfabetizada em uma escola particular em 1906, quando tinha cinco anos. Quatro anos depois foi para a escola pública e aos 16 anos, em 1917, preparava-se para fazer as provas da Escola Normal Catarinense - formação que a daria possibilidade de seguir o sonho de ser professora.


O sonho individual se tornou coletivo quando, antes de se formar, Antonieta decidiu passar o conhecimento obtido para outras pessoas à margem da sociedade. Em maio de 1922, aos 17 anos, ela inaugurou o Curso Particular de Alfabetização Antonieta de Barros, cujo objetivo era preparar alunos para os exames de admissão do chamado Ginásio do Instituto de Educação e da Politécnica, além de alfabetizar adultos. A educadora acreditava que o ensino libertaria as pessoas dos postos de marginalização.


"Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes; é mostrar as veredas, apontar as escaladas, possibilitando avançar, sem muletas e sem tropeços; é transportar às almas que o Senhor nos confiar à força insuperável da Fé”, frisou em um dos discursos feitos no Congresso.

Nas redações e movimentos políticos


Para ampliar os ideais educacionais pelos quais lutava, Antonieta começou a participar, em 1922, de movimentos políticos, ainda enquanto estudava na Escola Normal, com a atuação na militância Liga do Magistério, na qual se tornou a primeira secretária. Três anos depois, ela passou a participar da formação do Centro Catarinense de Letras (CCL), do qual tornou-se membro da diretoria.


Em 1926, assumiu o posto de escritora e jornalista, tornando-se uma das poucas mulheres que o faziam, principalmente no estado catarinense. A intenção de Antonieta era levar a mais pessoas as mudanças necessárias no Estado, como questões sociais, a necessidade de ações para crescimento educacional e redução do analfabetismo, e as definições dos papéis sexuais. Foi nessa época que ela, com o pseudônimo de Maria da Ilha, fundou o jornal A semana; além de contribuir para a Folha Acadêmica, O Idealista, Correio do Estado e O Estado.


Em um artigo publicado em outro veículo, o Jornal República, em julho de 1932, Antonieta fez duras críticas à falta de oportunidades de mulheres continuarem a formação estudantil em faculdades.


“Há uma grande lacuna na matéria de ensino: a falta dum ginásio onde a mulher possa conquistar os preparatórios para ingressar no ensino superior. O elemento feminino vê, assim, fechados diante de si, todos os grandes horizontes”, frisou na publicação.

Legado


Antonieta faleceu por complicações de um quadro de diabetes, em 28 de março de 1952. No entanto, o legado da educadora e escritora permanece vivo até hoje. Em homenagem a ela, foi criada a Medalha de Mérito Antonieta de Barros, que homenageia pessoas físicas e jurídicas que criam trabalhos relevantes, ou, ainda, destacam-se na luta na defesa do direito das mulheres.


Também leva o nome da heróina brasileira negra da educação o Prêmio Antonieta de Barros, criado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial direcionado a reconhecer jovens comunicadores negros do país.


A historiadora Karla Leonora Nunes, na tese de doutorado sobre a educadora, afirma que Antonieta “é uma personagem feminina que inaugura o cenário político catarinense por ter sido eleita a primeira deputada na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina em um tempo e em um espaço onde tal fato ainda estava muito distante da maioria das mulheres negras de nossa terra”.


Hoje, 15 de outro de 2021, a primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, foi destaque no jornal EL País, na reportagem da jornalista Aline Torres que faz uma recopilação histórica da trajetória de Antonieta, que nasceu, trabalhou e morreu no Centro de Florianópolis.


Veja trechos:


“Catarina teve três filhos e os sustentava como lavadeira, serviço comum às mulheres negras da época. Também teve, com a ajuda financeira de Vidal Ramos, uma pequena pensão para estudantes. Foram esses jovens que ensinaram as letras tardiamente para a curiosa Antonieta. Alfabetizada, mergulhou por conta própria no universo dos livros.”


“Professora formada, tinha 17 anos quando fundou o curso particular “Antonieta de Barros”, com o objetivo de combater o analfabetismo de adultos carentes. Sua crença era que a educação era a única arma capaz de libertar os desfavorecidos da servidão. Sua fama de excelente profissional, no entanto, fez com que lecionasse também para a elite nos Colégio Coração de Jesus, Dias Velho e Catarinense.”


"Antonieta era a exceção. Era aceita pelos brancos. Mas, vale ressaltar que, de 1929 a 1951, escreveu em oito jornais sem nunca ter falado de sua cor. O que não foi impeditivo para ouvir de um colega de bancada parlamentar, o médico Oswaldo Rodrigues Cabral, que ela escrevia 'intriga barata de senzala' ."


Este jornal tem orgulho em homenagear Antonieta de Barros, tendo em vista o tanto de representatividade que sua história de vida tem na nossa sociedade. O legado que ela nos deixou, deve ser, sim, lembrado por todos nós e passado de geração para geração, com o devido respeito que merece. Parabenizamos aos professores/mestres que hoje, ganham sua vida engajados em uma profissão que sempre foi digna de louvor, necessária e importante para a formação de uma sociedade justa, inteligente e cosnciente de seus direitos e deveres.


Parabéns!


 
 
 

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